Política

Vaga de vice na chapa de Caiado já deflagra disputa

A pouco mais de um ano da eleição para governo, o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, o vice-governador, Lincoln Tejota (Cidadania), e o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira (PSB), são os prováveis nomes à vaga de vice na chapa que será encabeçada por Ronaldo Caiado (DEM). Atores e cientistas políticos afirmam que o cenário é dinâmico. A leitura é de que Caiado busca fortalecer sua capilaridade no Estado para garantir a reeleição, mas também existe o entendimento de que o democrata quer, além de um aliado, um sucessor. Na chapa majoritária da eleição do próximo ano, há também uma vaga para disputar cadeira no Senado.

Atualmente na vice, Lincoln tenta proteger seu cargo. Em entrevista publicada pelo POPULAR nesta semana, ele fez elogios a Caiado, disse que o comportamento do governador atrai siglas para o grupo político e ressaltou que apenas a vaga ao Senado está disponível na chapa de 2022. Em crítica a Daniel, Lincoln disse pessoas terão de “engolir o que falaram” se decidirem caminhar com o grupo liderado pelo democrata. O MDB foi adversário de Caiado na eleição de 2018.

Nos bastidores, há informação de que o pai de Lincoln, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) Sebastião Tejota, estuda disputar a eleição de 2022 para deputado federal. Se o cenário se concretizar, Lincoln poderia ser indicado para esta vaga no TCE. Por meio de sua assessoria, Sebastião negou que exista articulação para sua candidatura em 2022. O conselheiro ainda ressaltou que o único candidato da família no próximo ano é Lincoln.

Já as especulações em torno do nome de Lissauer para a vice de Caiado começaram ainda em 2019, quando o deputado se tornou aliado do governador. Quando foi eleito presidente da Assembleia pela primeira vez, no início do mandato, o pessebista não tinha apoio do democrata. Atualmente, Lissauer é um dos principais governistas na Casa e atua diretamente a favor da aprovação de matérias de interesse do Palácio das Esmeraldas. Na semana passada, o Giro mostrou movimentação de Lissauer, principalmente junto a deputados, de olho na vaga de vice.

À reportagem o presidente voltou a dizer que é pré-candidato a deputado federal. Lissauer argumenta que seu nome é cogitado no meio político e na imprensa por causa do trabalho realizado na Assembleia em colaboração com o governo. “É nítido os avanços do Estado com o governador Caiado. Isso tem relação com a atividade da Assembleia em parceria com o governo”, disse. Lissauer afirmou também que o debate em torno de seu nome é formado por “especulações”, mas afirmou que as recebe “com alegria”.

Questionado se já conversou sobre o assunto com deputados, o presidente respondeu que “várias lideranças políticas” já falaram com ele sobre o tema. Por outro lado, Lissauer nega que o assunto já tenha sido debatido com Caiado. “A candidatura a deputado federal depende de mim. Qualquer outra coisa, depende de conjuntura de momento.” Lissauer já declarou anteriormente que em 2022 estará em um partido que apoie a reeleição de Caiado, o que pode levá-lo a deixar o PSB. Em nível nacional, a sigla caminha para definir apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República e o projeto pode refletir nas decisões locais.

Deputados afirmam que pesa a favor de Lissauer o histórico de resolução de conflitos na Assembleia, que levou a resultados favoráveis ao governo. No entanto, a indefinição partidária é vista como um ponto negativo.

O Popular

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