AporéDestaque

Vereadores de Aporé e Cassilândia discutem passagem de peixes no Rio Aporé

Vereadores dos municípios de Aporé (GO) e Cassilândia (MS) reuniram-se nesta segunda-feira, 09 de junho, na Câmara Municipal de Cassilândia para discutir a questão da subida de peixes no Rio Aporé. O encontro contou com a presença de vereadores de ambos os municípios, do vice-prefeito de Aporé, ddo secretário de desenvolvimento e meio ambiente de Cassilândia, Edson Bobadilha, de munícipes e dda imprensa.

O vereador Luizinho do Sindicato, de Aporé, um dos porta-vozes do grupo goiano, expôs o principal interesse: encontrar um caminho para que os peixes que existem abaixo do salto, como peixe grande, peixe couro e curimba, consigam subir para a região de Aporé. Ele ressaltou que pescadores de Aporé têm cobrado essa questão. Entre as possibilidades levantadas na reunião, estavam a abertura de um canal no local da antiga usina desativada ou a soltura de alevinos. Luizinho enfatizou que o objetivo principal é apenas a presença de peixes, independentemente da forma como chegam.

A vice-prefeita de Cassilândia, Sumara, mencionou que o salto é uma formação natural. O secretário Bobadilha forneceu informações técnicas, indicando que documentos no Imasul especificam a ictiofauna da região e que qualquer construção passada, como a usina dos anos 50, teve autorização ambiental na época. A soltura de alevinos foi debatida, com vereadores de Aporé relatando a soltura de mais de 300.000 alevinos no passado, que não resultou na permanência de peixes grandes como dourado e pintado.

Para trazer uma perspectiva local, Luiz da Gazeta News, morador antigo e conhecedor do Rio Aporé, compartilhou sua experiência prática. Ele explicou que, tradicionalmente, o trecho do rio abaixo do salto é conhecido por abrigar peixes como dourado, pintado, piau e piracanjuba em suas partes profundas. No entanto, acima do salto, em direção a Aporé, o rio é caracterizado por cachoeiras curtas, rasas e com muitas pedras, não possuindo profundidades significativas (mais de 3 metros).

Segundo Luiz da Gazeta, soltar alevinos de peixes como pintado ou dourado acima do salto seria “dinheiro jogado fora”. Ele argumenta que esses peixes necessitam de profundidade (4-5 metros) para sobreviver e hibernar em certas épocas do ano, e simplesmente não se adaptariam ou não ficariam em um ambiente raso. Eles procurariam ambientes mais profundos ou morreriam.

A reunião foi vista como um passo importante para a comunicação entre os municípios. O vice-prefeito de Aporé, Valdiney Neguinho, também presente, destacou a importância da colaboração entre as cidades, lembrando que muitos moradores de Cassilândia trabalham em Aporé. Ele reforçou o compromisso da administração de Aporé com o cuidado do rio, respeitando as margens, plantando árvores e realizando solturas de alevinos, além da fiscalização ambiental rigorosa.

Apesar do diálogo, a questão da subida ou chegada de peixes grandes acima do salto permanece complexa, com a explicação de Luiz da Gazeta oferecendo um contraponto prático às discussões técnicas e propostas de intervenção. A presidente da Câmara de Aporé, vereadora Roberta, expressou a esperança de trabalho conjunto entre as administrações para o benefício de todos.

Cassilândia Notícias

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo