“Prometeram picanha e nem feijão tem”: Produtores reclamam
De acordo com o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe), os brasileiros estão perdendo o hábito de comer feijão diariamente, em meio a mudanças culturais, avanço dos alimentos ultraprocessados e aumento de preços do produto. Nesse contexto, a entidade afirma que a responsabilidade é do governo brasileiro, “que prometeu picanha e nem feijão tem”.
Segundo o Ibrafe, a solução para a escassez de feijão no mercado brasileiro não se limita aos pequenos produtores. O abastecimento no segundo semestre é liderado pela agricultura irrigada, sendo essencial incentivar esses produtores a aumentar a produção.
No entanto, isso requer estímulos, como recursos subsidiados para o armazenamento de estoques. A falta de investimento em armazenagem nas propriedades pode intensificar o problema entre 2024 e 2025, caso medidas imediatas não sejam implementadas. “A população aumenta ao redor de 1 milhão de novos consumidores por ano, enquanto a produção diminui. Por esta razão, levantamento de produção per capita aponta para anualmente a disponibilidade menor de feijões”, completa.
“É importante facilitar a produção irrigada no país com a máxima urgência. Até agora, lidamos com produtores capitalizados pelos preços das commodities nos anos recentes. Porém, a crise econômica do setor rural se fará sentir em breve como consequência das mudanças climáticas. O setor acabará carente de decisão política que realmente deseje pelo menos o básico no prato do brasileiro”, conclui.
AGROLINK –Leonardo Gottems