Agropecuária

Mercado da soja de olho nos EUA

O mercado da soja deve seguir a semana de olho na reunião do Banco Central dos Estados Unidos (FED), que deverá definir o rumo para as taxas de juros do país, logo após a quebra do SVB, segundo o que afirmou Ruan Sene, analista de mercado da Grão Direto. O FED já havia anunciado uma desaceleração nos aumentos das taxas de juros.

 

“Além disso, o mercado manterá as atenções nas informações sobre o avanço da peste suína africana na China. O vírus tem um alto poder de contaminação e pode, rapidamente, se espalhar entre os suínos, causando a morte ou a necessidade de abate. Podemos ver uma fomentação no mercado interno de suínos, intensificando a demanda interna por farelo de soja, já que é utilizada para fabricação da ração para alimentação do animal. Diante das condições logísticas e avanço da colheita, os prêmios tendem a sustentar as quedas, puxando os preços do mercado físico brasileiro para baixo. O cenário com uma diminuição da demanda chinesa, devido à peste suína, tende a fazer uma pressão de baixa nas cotações de Chicago para a próxima semana”, comenta a Grão Direto.

 

Na última semana, o destaque foi para a volta da a peste suína africana na China, o aumento do percentual de mistura de biodiesel no diesel e as chances de El Niño na Ásia. “Nesta semana, o contrato com vencimento em março/23 se encerrou, passando a vigorar o contrato com vencimento em maio/23, que finalizou a semana sendo cotado a U$ 14,76 o bushel (-3,02%). Já o contrato com vencimento em julho/23, a U$ 14,61 o bushel (-2,21%)”, completa.

 

“A epidemia de peste suína africana na China já começou a apresentar para o mercado o mesmo sentimento de 2021, quando o país asiático teve que abater 40% de seu rebanho de suínos. Na época, a doença colaborou para uma queda expressiva nos prêmios da soja brasileira, e agora, em 2023, isso poderá acontecer novamente, agravando ainda mais as quedas atuais. O mercado de suinocultura é o maior demandante de farelo de soja no mundo, que é usado para alimentação do rebanho e, um novo abate expressivo, diminuiria significativamente a demanda pela soja brasileira”, conclui.

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